domingo, 12 de maio de 2019

Gil do Peixe


Onde é possível comer e beber bem a dois por 60 reais? Num buteco, claro! E um buteco de bairro, são tão intimistas... o sabor da comida se aproxima da caseira e tem-se aquela vontade de fidelização que já comentei antes.

Aliás, temos um problema com fidelidade que preciso compartilhar com vocês... Somos muito fiéis a alguns pratos!! Não acontece sempre mas quando ocorrre, não dá para ir naquele lugar e pedir outro prato ou todas as experiências nestes lugares com outros pratos não conseguem ser mais agradáveis do que aquele prato, então...

Hoje fomos no bairro Caiçara na tradicional rua Francisco Bicalho, que hospeda uns butecos muito bons. Escolhemos novamente o Gil do peixe,

Comentário da Renata:


Lá acontece a fidelidade com o Filé de Tilápia. O prato vem em postas empanadas incrivelmente sequinhas (não faço idéia de como conseguem isso!), servido com fatias de limão para espremer por cima. Pedimos acompanhado de arroz e salada básica. Simples assim. Mais o tempero, a temperatura quente que é servido, a cerveja gelada que acompanha e o clima fresco do lugar (chega a fazer frio!)... Fazem só querer repetir a experiência...


Falando sobre o bar, vou relatar um pouco da história contada pelo proprietário. O buteco tem mais de 20 anos. Começou servindo lanches, o carro chefe era o kibe. Depois de alguns anos e vieram o cascudo e o piramutaba... A familia entrou no circuito e o pai virou referencia para o ponto de encontro que servia porções deliciosas de peixe.

Foram se especializando em outros e peixes e pratos elaborados com esta matéria prima e aí chegou o pescador, que virou o mascote do lugar. Ele não sai de lá e se fantasia ao longo do ano de acordo com as datas comemorativas.

O lugar é assim mesmo, frequentado por famílias. Simples e pitoresco.



Comentário do Robinho:

Nu bairro Caiçara, tem um tantão de butécu... um dêss é o "Gil do peixe" . Uns tempão atrás era "Kurubas lanches", mais as coisa foram mudanu, o Geraldo Gilberto (proprietário), foi se adaptanu e us pêxe foram chegânu divagarin nus prato. Hoje trabalham o Gil, sua esposa Mirací, o filho (cozinheiro) Humberto, e a neta Ana Paola. No melhor estilo de "...aqui trabalha a minha família pra servir a sua..." Tem um torresmo sequin kicês pricisavê... A gente vai  lá pelômenus um dia por mês pra cumê umas iscas de tilápia, que a gente pede com arroz branco e salada. O garçom Charles, té sabe o que a gente vai querê, a genti começa a pedir e ele termina, tipo "transmimento de pensação" sabi? Uma rede com um personagem (pescador) que sempre se transveste de acordo com as festas ao longo do ano) lembra que ali é um lugar prá relaxar e aproveitar. Bem idos!


quinta-feira, 2 de maio de 2019

Café Bahia


Fomos no buteco Café Bahia um dia depois do dia do trabalhador, uma quinta feira com cara de sexta mas também parecendo segunda porque era pós-feriado... realmente, é o dia mais doido do ano, como se diz no mineirês, dõisdimái... rs. Eu sigo tendo aulas deste dialeto com o melhor professor, Robson.

O atendimento foi realizado pelo garçom Edgar, uma figura! Com certeza aumenta a qualidade do bar que é pequeno mas recebe muito bem os clientes, no melhor nível de atendimento dos botecos belorizontinos, destes que a gente gosta de virar cliente e fidelizando o garçom. Edgar nos contou a história do bar.

Na década de 30, o Sr João vendia frutas na Afonso Pena. Entendi que ali era um ponto de vendas de hortifruti, talvez um comércio precursor da Feira Hippie, não pesquisei ainda a este respeito. Mas seguindo a história, comentaram com o Sr João que faltava um lugar para os trabalhadores da região fazerem suas refeições e ele, empreendedor, abriu um lugar ali na rua da Bahia, onde hoje é a Caixa Economica, quase esquina com a Av. Afonso Pena. O bar cresceu, mas o imóvel foi desapropriado em 1964.Como o seu Sr João, já havia adquirido o imóvel na rua Tupis, o bar foi transferido para lá e hoje é administrado pela terceira geração da familia.

Comentário da Renata:

Legal né? Adoro conhecer as histórias dos bares, principalmente quando se mistura com a história da cidade.

Mas vamos ao prato, apesar do bom papo, viemos aqui para comer!
O prato participante do Comida de Buteco chama-se Cerveja pra comer.


Vou explicar o prato, plageando as informações fornecidas gentilmente pelo garçom Edgar. O prato tem três componentes e todos eles tem cerveja na sua receita. Vamos aos astros: Croquetão de frango, empanado na... Cerveja! Quiabo frito, empanado na... Cerveja!! E canjiquinha na... Ops, servida na garrafa de cerveja! Cerveja pra Comer... Ele é bem elaborado, foi bem pensado para um festival. É bem servido e bonito e comparando a foto da publicidade com a versão original do prato, é bem condizente.

Ele vem acompanhado de dois molhos: um de tomate verde, bem cítrico e gostoso e o outro, um molho feito a partir do caldo do cozimento do frango, que tem gosto de... caldo de cozimento de frango.

Agora, vamos avaliar por partes. Por indicação do Edgar, o quiabo foi embebido de molho do frango, mas gostei mais do sabor do quiabo molhado no molho de tomate com pimenta, que acompanha os deliciosos dadinhos, ficou delicioso (Nota-se que adorei os dadinhos né!! rs). O ponto de cozimento dos quiabos era um cozimento médio, para amaciá-lo para mantê-lo "ao dente". O croquete tem uma casquinha crocante muito boa é bem servido, o recheio do croquete, que era frango, tinha o mesmo sabor muito próximo da canjiquinha e a canjiquinha tinha gosto de sopa knoor. Parecia que usaram o mesmo termpero nos dois componentes, o que tirou um pouco a graça do prato.


Como entrada tinha batata frita canadense e dadinhos de tapioca. Ainda bem que a gula falou mais alto e pedimos os dois, senão não iríamos experimentar dos dadinhos...


Os dadinhos de tapioca são recheados com queijo coalho e linguiça calabresa e vem acompanhado de um molho de tomate com um toque de pimenta dedo de moça. Uma diliça!

Em termos de quantidade, com as duas entradas serviram bem três pessoas. eu Robinho e Raissa.

Outra boa pedia: Cerveja Vinil Hurricane Imperial Ipa 500ml. Feita em homenagem ao lutador norte-americano Rubin Carter, conhecido como Hurricane. Cerveja forte que combina com o teor alcoolico alto, de 8,2%.

Certamente voltaremos em breve neste bar, queremos voltar lá para provar os pratos de anos anteriores...

Comentário do Robinho:

A experiênça no bar café foi bastantinteressante...é piquinin, mas ocupa a calçada à noite, o que estende as diliça e o chêro delas pelo ar. O prato, cerveja pra comer, é bem servido prá duas pessoas. O Edgar, garçom que nos atendeu, nos contou a história do bar que é bastante interessante. Cerveja gelada e comida quente? Quenumké? Uma boa pedida! Um espaço no centro, pra gente dar uma passada ãnsdií prá casa...alí, duladin du xópin cidade...


quarta-feira, 1 de maio de 2019

Bar do Véio (Festival Botecar)


Estávamos na região, com fome... e gostamos muito deste buteco!
O Bar do Véio fica localizado na Rua Itaguaí, na região do Caiçara.

O buteco está participando do Festival Botecar com o prato Ossobuco ao molho de algo poró com purê de mandioca. Como de costume, pedimos a cerveja, a sem alcóol e o prato participante.

Comentários da Renata:

Prato muito bonito.

Osso Bão! Segundo a Wikipédia, ossobuco significa literalmente "osso (com) buraco" que designa um corte transversal no osso da perna traseira do bovino que deixa um buraco contendo tutano. No prato tradicional italiano, ele é preparado mantendo-se o tutano no buraco do osso.

Foi o que o Bar do Véio fez. O ossobuco foi muito bem cozido e o tutano foi mantido no prato servido. Muito gostoso, tem cara de buteco com um molho encorpado e forte, que comemos com pão que foi pedido à parte.

Já o purê... também muito temperado, mas sem gosto e cor de mandioca
Sabe a onda de gourmetização que está bem na moda? Pois é, às vezes, não é a melhor opção.

O que faltou no prato? 
Primeiro, Informações, sobre os ingredientes do purê. Em uma receita de purê original, não tem leite nem queijo. Neste, tinha os dois e nenhum aviso da presença de lactose. Isso é muito importante!
Segundo, faltou um componente mais básico, os dois componentes do prato tem um gosto muito forte. O ossobuco e o purê seriam melhores se separados, com acompanhamentos  mais neutros.

O que sobrou? Sal. Queijo. Leite.
Acho que podiam até colocar um pouco de queijo, mas o purê estava quase num ponto de Aligot. 

A quantidade é boa, prato realmente atende duas pessoas. Mas, por favor, comam quente.


Comentários do Robson:

Ossobuco com purê de mandioca. O purê foi feito com leite e manteiga e esta informação não constava no cardápio, nem sequer o garçom sabia. Como intolerante, não pude me alimentar do purê. 

O prato é muito bonito e bem servido para duas pessoas. Faltou mais informações e sobrou sal. 

O ambiente do Bar do Véio, é amplo e aconchegante. Há dois ambientes, dentro e fora do bar, ambos cobertos e bem arejados. A cerveja estava gelada, e foi servida rápido. 
O prato também veio bastante rápido.

Pra nãum faltá o treinu dimineirês... O bar do Véio, é nós vizin...a gente gósdimais dum juêi de porco defumado dêss. Fomos lá umas vêis só pra desfrutar do juêi. Cerveja geladinha...pérdicasa. Posso té ídiapé...lugá limpo, arejado, tem lugá prus mininu brincá e deixá nós mais leve... Bõmêss